Cleriston da Cunha morreu nesta segunda (20), após sofrer um mal súbito durante o banho de sol. Ele cumpria prisão preventiva por envolvimento na invasão e depredação das sedes dos três poderes. A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal abriu nesta terça-feira (21) apuração administrativa sobre a morte de Cleriston da Cunha no presídio da Papuda.
Cleriston cumpria prisão preventiva por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro deste ano, quando houve invasão e depredação das sedes dos três poderes da República.
Ele morreu nesta segunda (20), durante o banho de sol na Papuda. De acordo com a Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, ele teve um mal súbito e precisou de atendimento médico. Os médicos do presídio e, em seguida os bombeiros e o Samu, aplicaram o protocolo de reanimação cardiorrespiratória, mas o coração de Cleriston não voltou a bater.
Em comunicado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura os atos golpistas, a VEP informou que Cleriston recebia atendimento médico regular na prisão. Informou também que ele recebia com frequência visita da mulher e das filhas.
Em agosto, a defesa de Cleriston pediu para ele ter a prisão revogada e cumprir medidas cautelares -- como o uso de tornozeleira eletrônica -- em casa. Na ocasião, a defesa argumentou que Cleriston sofria com consequências da Covid.
Em setembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com o pedido da defesa de Cleriston. O ministro Moraes não chegou a proferir decisão sobre o caso.
Nesta segunda, após a morte de Cleriston, Moraes determinou à direção da Papuda que envie detalhes sobre a morte de Cleriston, como cópia do prontuário médico e relatório médico dos atendimentos que ele recebeu durante o período na cadeia.